A rede mundial pode ser o meio mais moderno de estar disponível em todos os cantos, mas ainda assim existem aqueles que preferem paquerar à moda antiga. Conheça alguns casos.
Marcelo: Eu nunca usei a internet pra buscar pessoas, mas eu acho que é superválido, tem gente que faz, eu acho que é tão válido quanto você ir a um bar e a uma boate encontrar alguém.
Marcelo: I never used the internet to find people, but I think it’s really valid, some people do it, I think it’s just as valid as going to a bar or dance club and meeting someone.
Diana: Ah, eu acho interessante, assim, eu não… acho que eu não conseguiria, nunca fiz isso, assim, mas eu conheço gente que já arrumou namorado pela internet mesmo e deu certo. Então acho que é válido assim, mas eu não conseguiria.
Vivian: Por que você não conseguiria?
Diana: Ah, porque eu não… eu não tenho essa paciência de ficar, assim, trocando informação pela internet, perguntando as coisas sem conseguir… sem ver a pessoa, sem conversar ao vivo assim, eu preciso disso. Mas tem gente que não, que acha supernormal, então rola… acontece.
Vivian: E seus amigos que conseguiram pela internet, como é que foi essa história?
Diana: Ah, se conheceram, ou em sala de bate-papo, ou por alguém mesmo, pela internet, e aí ficou… ficaram conversando, conversando, conversando, se conhecendo, até que resolveram se encontrar. Aí se encontraram e deu certo, né?
Diana: I think it’s interesting, I mean, I think I couldn’t do it, I’ve never done it, but I know people who got a boyfriend on the internet and it worked. I think it’s valid and all but I couldn’t do it.
Vivian: Why couldn’t you do it?
Diana: Well, because... I’m don’t have the patience to keep, like, exchanging information on the internet, asking things without being able to... without seeing the person, without talking live, I mean, I need that. But some people don’t, they think it’s very normal, so it happens.
Vivian: How about your friends who did that on the internet, how did that happen?
Diana: Well, they met, some on chat rooms, or through someone else on the internet, and they kept talking, talking, talking, getting to know one another, until they decided to meet in person. So they met in person and it worked, you know?
Cara a cara
Mesmo com a febre cibernética de nossos dias, as antigas receitas para encontrar um grande amor, com mais segurança e um pouco mais de romantismo, continuam na ponta da língua. Confira os depoimentos de Diana e Heloísa nos vídeos a seguir.
Diana: Ah, eu acho que o canal é ou você sai pra conhecer pessoas novas, assim, em boate ou em festas, e os seus amigos sempre, que vão te apresentar a pessoas que você não conhece ainda. Mesmo na faculdade, qualquer lugar que você tenha relação com outras pessoas diferentes, de outro meios, já é um meio de você conhecer alguém, porque na faculdade você conhece pessoas novas, no… no… no trabalho você conhece pessoas novas, quando cê sai em festa, quando cê sai com seus amigos, que… que tem amigos que você não conhece ainda também, então tem muitos meios diferentes da internet pra você conhecer pessoas.
Diana: Well I think that the way is you go out to meet new people, like in dance clubs or parties, and your friends will always introduce you to people you haven’t met yet. Even in college, or any place where you relate to others, of different backgrounds, it’s a way of getting to know someone, because you meet new people in college, you meet new people at work, when you go to parties, when you go out with your friends who... who also have friends you haven’t yet met, so there are many ways other than the internet for you to meet people.
Heloísa: Eu sempre uso a internet pra tudo, assim, eu… pra conversar com os meus amigos, fazer pesquisas, pra ter contato com as pessoas. Mas eu acho que o primeiro contato, pra mim, ainda tem que ser pessoal, então eu procuro, assim… prefiro conhecer as pessoas… hã… pessoalmente primeiro. Então, se a pessoa quer conhecer alguém interessante é importante que ela esteja aberta pra isso, que ela saia bastante, que ela vá aos bares com os amigos, que ela frequente as festas da universidade, que ela esteja disposta a… a se mostrar para o mundo, assim… hã… eu acho que… que essa é uma boa forma, assim, de… de conhecer pessoas interessantes.
Heloísa: I always use the Internet for everything... to talk to my friends, to do research, to have contact with other people. But I think that the first contact, for me, still has to be personal, so I try to meet people in person first. So if the person wants to meet someone interesting it’s important that she is open for it, that she goes out often, that she goes to bars with friends, that she goes to the parties at the university, that she is willing to show herself to the world, I think this is a good way to meet interesting people.
Redes sociais
o site de relacionamentos Orkut foi uma das primeiras redes sociais de sucesso. A plataforma era usada para falar com velhos amigos e para fazer novos. Pouco depois, o Facebook ganhou espaço entre os brasileiros. Hoje, com o Google, é possível localizar praticamente qualquer pessoa e assim restabelecer importantes contatos. Nos vídeos a seguir, veja como a internet se transformou numa importante ferramenta para promover tantos encontros.
Eu uso o Orkut (Rômulo)
Termos úteis
Orkut: rede de relacionamento social pela internet semelhante ao Facebook. Criado em 2004 pelo Google e desativado em 2014, o Orkut foi muito popular no Brasil. Em 2009, atingia mais de 50 milhões de usuários, número oito vezes maior do que a quantidade de usuários brasileiros no Facebook na época.
Rômulo: Bom, eu uso o Orkut praticamente todos os dias, né? Eu sempre tenho aquela curiosidade de ver… é… se alguém mandou uma mensagem, mesmo porque na minha caixa de mensagem de e-mail sempre vem uma nota dizendo que alguém mandou uma mensagem, acessou o meu perfil e aí… é… eu quero perguntar alguma coisa. O Orkut acaba sendo uma ferramenta de substituição do e-mail, às vezes, porque já que eu tôali e eu estou vendo a… o perfil dos meus amigos ali que estão se comunicando comigo, eu mando a mensagem direto, né, de lá. É… e eu gosto do Orkut também pra acessar as comunidades que… é… têm conteúdos, assim, links para fazer download, para baixar o… os seriados que eu gosto de assistir, e então também pra encontrar amigos que há muito tempo eu não vejo. É muito interessante.
Rômulo: Well, I use Orkut just about everyday, you know? I’m always curious to see... if someone posted a message, even because I always get e-mails notifying if someone posted a message, accessed my profile, and then I might want to ask them a question. Orkut ends up being a substitution tool for e-mail because sometimes I’m already on it, checking out of my friends who are there communicating with me, I post a message directly from there, you know? And I like Orkut also to access groups that allow the download of the TV series that I watch the most, and to meet friends that I haven’t seen in a while. It’s very interesting.
Reencontro emocionante (Rômulo)
Termos úteis
Repartição pública: estabelecimento governamental que oferece atendimento ao público
Rômulo: É… desde criança eu ouvia minha avó falando de um filho dela que há muitos anos ela não via. E ela… um belo dia eu disse: “Vó, me dá o nome dele que eu vou procurar." E aí eu fiz uma pesquisa no Google, vi o nome dele numa repartição pública… é… que fica em Niterói, a minha avó mora na Ilha do Governador, que fica no Rio de Janeiro. E eu peguei um ferry boat e fui até Niterói procurar pelo meu tio. Quando eu cheguei lá… é… as pessoas da repartição ficaram surpresas porque elas conheciam a história dele, de que ele não via a família há muitos anos e então… quaren… mais de quarenta anos depois… é… eu pude encontrar meu tio. Ele ficou superemocionado, pediu que eu levasse ele no mesmo dia pra… é… ver a mãe dele, né? E eles deram um abraço que eu nunca vou esquecer.
Rômulo: Ever since I was a kid I had heard my grandma talk about this son of hers whom she hadn’t seen in a long time. Onde day I said: “Grandma, give me his name and I’m gong to look for him”. So I did a research on Google and saw his name at a government office in Niterói, my grandma lives at Ilha do Governador, in Rio de Janeiro. I got on the ferry and went to Niterói to look for my uncle. When I got there the people who worked at the office were surprised because they knew his life story, that he hadn’t seen his family in many years, I was able to find my uncle more than forty years later. He was very touched, asked me to take him to see his mom that same day, you know? And they hugged in such a way that I will never forget!
Eu passei para o Facebook (Heloísa)
Termos úteis
Legal: gíria para designar algo interessante.
Orkut: rede de relacionamento social pela internet semelhante ao Facebook. Criado em 2004 pelo Google, o Orkut é muito popular no Brasil. Em 2009, atingia mais de 50 milhões de usuários, número oito vezes maior do que a quantidade de usuários brasileiros no Facebook.
Heloísa: Bom, eu usava muito o Orkut antigamente, né. Todos os meus amigos tinham Orkut, mas de uns dois anos pra cá o pessoal que eu conheço passou a migrar pro Facebook, então eu também, passei a utilizar o... o Facebook e… tenho tido mais contato ultimamente com pessoas que eu não… que eu não… não vejo há muito tempo, tenho conversado bastante com eles (elas). E é interessante o Facebook, porque ele é bem interativo, né, então cê pode compartilhar um monte de coisas, vídeos… hã… pensamentos, e sempre pode saber o que que as outras pessoas tão (estão) fazendo, o que que seus amigos têm… têm feito, têm planejado de fazer, é… é bem interessante. Eu gosto bastante. E o legal é que quando eu tava no Orkut eram mais, assim, só amigos brasileiros. E o Facebook, ele é muito mais mundial, eu acho, então eu tenho tido contato com pessoas de outras partes, assim, do planeta, é bem legal.
Heloísa: Well, I used to use Orkut a lot in the past, you know. All my friends had Orkut, but a couple of years ago the people I know started to migrate to Facebook, so I, too, started to use Facebook, and I’ve been in touch with people I haven’t see in a long time, I have talked to them a lot. And Facebook is interesting because it’s very interactive, you know, so you can share many things, videos, thoughts, and you can always find out what others are doing, what your friends have been up to, what their plans are, it’s really interesting. I like it a lot. And what’s cool is that when I was using Orkut I had more Brazilian friends on it. And Facebook is much more global, I think, so I’ve had contact with people from other parts of... like... the planet, it’s really cool.
Veloz como a luz
Nos tempos dos bilhetinhos de papel, o torpedo era uma mensagem com charme e elegância. Depois, com o advento da internet, tornouse comunicação marcada pela agilidade digital, como mostram os videos a seguir e a leitura da seção anterior. Mas, como no mundo digital as ferramentas mudam mais rápido que a luz, os brasileiros atualmente preferem o termo "mensagem" ou "zap" para se referir às mensagens de texto enviadas por celular. Provavelmente amanhã o termo já sera outro!
Antes e depois (Marcelo)
Termos úteis
Cantada (gíria): tentativa de convencer ou seduzir pela conversa cheia de manha.
Marcelo: Bom, há alguns anos atrás, ou vários anos atrás, um torpedo era uma mensagem que cê mandava normalmente num bar através do garçom. Você escrevia uma cantada pruma menina e mandava um papelzinho escrito. Hoje, o torpedo que se chama é uma mensagem de celular, de telefone celular.
Vivian: Você já mandou um torpedo num bar?
Marcelo: Já, já mandei alguns, há bastante tempo atrás.
Vivian: Você pode me dizer o que tinha nesses torpedos?
Marcelo: Um elogio, normalmente, a uma menina, algum… alguma cantada.
Marcelo: Well, a few years ago, or many years ago, a torpedo was a message that you sent at a bar through the waiter. You would write something flirty to a girl and would send the little scrap. Today what you call torpedo is a cell phone message.
Vivian: Have you ever sent a torpedo at a bar?
Marcelo: Yes, I’ve already sent some, a long time ago.
Vivian: Can you tell me what were on those torpedos?
Marcelo: Usually a compliment, to a girl, some... something flirty.
Vivian: Have you ever received a torpedo at a bar?
Vivian: Ah, é? Então me conta o que estava escrito mais ou menos.
Diana: Ah, eu tava num… nem me lembro, acho que tava num bar com umas amigas, assim, aí o garçom chegou com um guardanapo escrito alguma coisa, tipo, “pagar uma bebida pra vocês”, alguma coisa assim, a gente riu e não fez nada, né, porque a gente ficou envergonhada, a gente nem sabia quem tinha mandado. Foi engraçado, mas a gente não levou nem um pouco a sério.
Diana: I’ve received it, I’ve never sent it, I’ve received it.
Vivian: Oh, really? So, tell me what was on it.
Diana: Well, I was at a... I don’t even remember it, I think I was at a bar with some girlfriends and the waiter brought a paper napkin with something written on it, like “pay you a drink”, something like that, we laughed and didn’t do anything about it because we were embarrassed, we didn’t even know who had sent it. It was funny, but we didn’t take it seriously at all.
Lúcio: Aí rola! Sem dúvida o torpedo vai ser uma coisa que vai rolar pro resto da vida, eu creio. Por que nessa situação aí, que você não tem o telefone, que você não tem… é… o computador pra… pra… pra falar com a pessoa, não conhece o e-mail, não sabe nada disso, né, então você tem que usar a… aquela… aquela forma antiga, né, arcaica de escrever tudo, põe num papel amassadinho, tem que tá (estar) bem amassadinho mesmo assim na mão, coisa que você tá escondendo, e “vum”, jogar na pessoa, ou entregar a um garçom, é mais ou menos por aí.
Lúcio: It does happen. Without a doubt the torpedo is something that will happen forever, I think. Because in a situation, where you don’t have the telephone, where you don’t have the computer to talk to the person, you don’t know their email, you don’t know any of this, you know, you have to use that old archaic way of writing everything, on a crumpled piece of paper, it has to be really crumpled in your hand, something you’re hiding, and you throw it at the person, or give it to a waiter, it’s kind of like that.
Rapidão (Rosana)
Termos úteis
Rapidão: aumentativo de rápido, termo usado para dar bastante ênfase na velocidade.
Teclar: digitar, comunicar-se por meio do computador ou de mensagem de texto no celular.
Viciado: aquele que possui um hábito bastante enraizado, frequente.
Rosana: Torpedo é uma mensagem de texto que a gente manda pelo celular. É… eu não uso muito porque eu não tenho paciência de ficar teclando naquelas teclinhas pequenininhas, mas eu conheço gente viciada, que faz rapidão assim.
Rosana: Torpedo is a text message that we send through the cell phone. I don’t use it a lot because I don’t have the patience to type on those tiny keys but I know some people who are addicted, who do it really fast.
Uma boa alternativa (Rômulo)
Termos úteis
Alternativa: opção entre duas ou mais coisas.
Ligação: meio de comunicação entre duas pessoas através do telefone; telefonema.
Rômulo: Bom, eu uso torpedo no meu dia a dia pra me comunicar com as pessoas quando eu não quero realmente fazer uma ligação. Por exemplo, os meus amigos que moram em outros estados… é… familiares quando eu tenho saudade, aí mando uma mensagem dizendo “Olha, eu estou com saudade”. Eu pego o celular, teclo e… porque ligação no Brasil é muito cara, de celular, né? Então a gente prefere… é… ter essa alternativa econômica.
Rômulo: Well, I text in my day-to-day to communicate with people when I don’t really want to make a phone call. For example, my friends who live in other states, family members when I miss them, then I send a message saying “look, I miss you.” I get my cell phone, type and... because cell phone calls in Brazil are very expensive, you know? So we’d rather have this economical alternative.